25/09/2006

dia 15 . . regresso (à praça Tomislavov)

20 de Agosto

Antes do voo, ainda tempo para manhã de domingo na praça Tomislavov e uns pivos no aeroporto.

Queimar as últimas kunas. Dia de regresso.


praça Tomislavov


Os tramways de Zagreb


ozujsko no aeroporto


3198,5 kms na Croácia


alguns posts nos próximos dias com imagens não publicadas no desfilar dos dias

dia 14 . . regresso a Zagreb

19 de Agosto

Ainda a tempo de jantar em Zagreb?


Era o dia complicado. 590 kms de carro para jantar em Zagreb e sossegar antes da viagem do dia seguinte para Lisboa. Podiamos ter optado por outras soluções. A passagem pela Bósnia teria poupado esta longa viagem. Mas o aluguer do carro tinha algumas limitações. Está pois na minha agenda voltar a Dubrovnik e seguir depois para Mostar e Sarajevo, Seguindo até Vukovar rumo à Hungria.

Última alvorada em Dubrovnik às 9. Pequeno almoço e seguir rumo a Split por estrada panorâmica e lenta.
Há uma obrigatória passagem pela Bósnia que acaba por ser pitoresca. Para ligação de Dubrovnik ao resto da Croácia, sem recorrer a barcos, é necessário passar por território bósnio. Tempo para fotografias e procurar diferenças em 10 minutos sem sair do carro.
Almoço algures na região de Pisak (?) e compras na berma da estrada. Medovikca caseira, figos e a oferta de uma melancia que acabou por viajar até Portugal. Deliciosa. E um gesto terno e agradecido de um croata ali acampado com os seus gatos.
Confusão na autoestrada, horas de engarrafamento, síndrome das A1, e chegada a Zagreb num desacerto de vias que nos levou para jantar passava das 22h.
Zagreb, quase despida de turistas, ficou por conhecer como deve ser. Ficamos num bar até fechar a beber cocktails detestáveis e amostras de whiskeys.


a caminho de Split


bem-vindos à Bósnia. Até à próxima.



Gato branco. Entre melancias e outras frutas. Algumas já destiladas.



dia de supertaça em Portugal.



De volta a Zagreb e aos seus tramways



Tentar os croatas com férias em Portugal. Por 658.027 EUR

dia 13 . . Dubrovnik

18 de Agosto

a tal pérola do adriático


Sim. Apesar da quantidade absurda de povo a cidade é imperdível. Há quem lhe chame a pérola do Adriático, creio que Byron foi o primeiro. Cidade muralhada, quase totalmente reconstruída após os bombardeamentos da guerra jugoslava, apresenta um caleidoscópio de tentações. Compras, restaurantes, monumentos, vinhos, água (é verdade, é verdade), mar, bares, esplanadas, gatos, turistas, locais...

Começamos pelo museu de arte contemporânea. Fora das muralhas num edíficio em que as varandas apresentam a cidade fortificada. Lá dentro vimos a segunda exposição de arte contemporânea das férias.
Jan Fabre, um belga em terras croatas.
A cidade é para descobrir aos poucos. Mas em apenas um dia há que apressar o passo. Circuito iniciado com volta às muralhas em cerca de duas horas para conhecer os cantos à casa. Já no interior, compras, pivos e depois deixar o tempo passar serenamente.

Um rápido mergulho num fim de tarde que tinha começado num belo almoço na melhor sombra da cidade com a loira mais simpática do pais. O banho desta vez não teve direito a sossego nem uma paisagem natural impar. Mas estar dentro de água a olhar para as muralhas de Dubrovnik é, por certo, difícil de esquecer.
Optamos pelas pizzas ao jantar. Na noite anterior abusamos na conta num restaurante desenhado numas antigas cavalariças a chamar por tudo que se dá pelo nome de turistas. Despedidas ao som de jazz, de fraca qualidade, para o resto da noite.
Turística, é certo. Mas rara.














Dubrovnik é também ponto de passagem para dezenas de ilhas. Paradisíacas, dizem. Estava, por exemplo, prevista visita a Lokrum. Mas o atraso com que aqui chegamos, culpa da Marita, impediu-nos de descobrir mais. Na Croácia há sempre mais.

dia 12 . . a caminho de Dubrovnik

17 de Agosto

Korcula > > Orebic > > Drace > > Dubrovnik
o dia das kamenices e musules


Ora aqui está um dia simples. Breve passagem de barco para a ilha de Peljesac que, por acaso, tem ligação ao continente e depois fazer caminho até ao destino final: Dubrovnik.
Esta quase ilha de Peljesac é mais um dos locais em que o horizonte mantém um constante desafio. Mas nesta fase da viagem estavamos, quase, habituados a cenários assim.
Uma paragem não planeada arrecada o prémio "melhor momento da jornada". Um convite de berma de estrada colocou-nos, algures em Drace, a comer ostras e mexilhões. E a repetir a dose até à, quase, exaustão. Sombra, mar, pivos, marisco, tempo para matrecos... um aperitivo para Dubrovnik.
À chegada à cidade, no final da tarde, perdemos algum tempo até encontrarmos alojamento em quartos privados. Os hotéis estavam cheios, ou cheios de vontade de pedir muito dinheiro.

À noite começariamos a descobrir Dubrovnik. Irresistível.










19/09/2006

dia 11 . . Pavja luka

16 de Agosto

na ilha de Korcula

A praia não tem um areal magnífico. Nem tão pouco areia. A praia não tem palmeiras e cocos. A praia não tem bons acessos nem bandeira azul. A praia não é perfeita. Chegou a parecer.
Chegamos em cima da hora do almoço após termos arriscado por caminhos pouco adequados para um megane. A dúvida persistia. Teriamos percebido bem as indicações da Marita? A placa Pavja Luka arrancou o necessário sorriso. Uns quilómetros mais e um curto caminho a pé. À nossa chegada os poucos que ocupavam a praia saiam. Ali ficamos seis ou sete horas. Partilharam connosco o espaço, alternadamente, não mais do que seis pessoas. No final ficaram apenas os habitantes da casa que se debruçava sobre a água. Chegaram tarde e a pequena parecia conhecer cada pedra desde a nascença.

Estive mais de duas horas dentro de água. Quase três.
À noite jantamos em Korcula. Mas isso já pouco interessa.










18/09/2006

dia 10 . . Korcula

15 de Agosto

Kastel Stari > > Split > > Vela Luka > > Korcula > > Zrnovska Banja
A ilha de Korcula, a casa da Marita e o melhor macarrão das nossas vidas.

Às sete da manhã colocavamos o carro em fila para o ferry. Longo pequeno almoço já que a saída estava marcada para as 10.
A viagem até à ilha de Korcula, com breve e tórrida paragem em Hvar, é um aperitivo a futuras férias na Croácia desta vez de barco a serpentear todas aquelas ilhas que compõe o horizonte. Tantas vezes tão perto.
O azul a vestir o Adriático que em três horas de viagem viu nuvens cinzentas ou um sol a descoberto a esticar a nossa vista.

Em Korcula só sol e um almoço em Vela Luka antes de atravessar a ilha até à cidade de Korcula. Hotéis lotados. Para dali sair seria necessário um barco para a costa. Haveria tempo para mais buscas? Eis que a Marita nos salva. A Marita Belic que fala muito toscamente o italiano ainda assim melhor que inglês no qual sabe dizer yes, no e i. A Marita que tem um irmão na Austrália e nos alugou a casa deste e em simultâneo nos convenceu a ficar não uma mas duas noites em Korcula. A Marita que nos indicou a praia que visitaremos amanhã e o restaurante precioso onde experimentamos macarrão colorido feito à mão recheado com vegetais e composto no exterior com marisco. Divino.

Antes, e num pôr-de-sol perfeito, tempo para banho a 200 metros de casa, em Zrnovska Banja, figos na varanda e caminhada até ao restaurante. Não sei o nome do estabelecimento familiar. Mas larguem-me em Korcula que eu encontro-o.


moda: todas as funcionárias de cafetarias, restaurantes e hotéis usam estes magníficos sapatos. Estes a apanhar ar numa manhã de Split.








entre Split e Korcula. Serpenteando pelo Adriático. Quando a visão assume o destaque entre os sentidos.



Hvala, Marita Belic



Um quase perfeito fim de tarde em Zrnovska Banja. Mergulho, banho, figos, pivos e caminho até ao restaurante.

14/09/2006

dia 09 . . Split

14 de Agosto

Kastel Stari > > Split > > Kastel Stari > > Split
Diocletian's Palace, a praia em Kastel e a banana... Split

"Diocletian's Palace and the Historical Nucleus of Split" é assim que se lê na página da UNESCO. Basicamente Split é (foi) uma cidade construída dentro desse tal palácio. A Croácia é como uma entidade viva que procura cativar pela história quem por lá passa, quando não o consegue fazer apenas pela natureza. Nem sabemos se seria necessário tanto esforço.
Split mexe. Mexe em cada esquina. Mexe em cada praça, à porta de cada igreja. Nas galerias subterrâneas. Na marginal. Em cada uma das portas do pálacio, no mercado em seu redor. No peristilo do palácio. Sobretudo aí. Essa galeria é o centro de toda a agitação.
Com o adriático ali à frente tudo parece desenhado à mão. Em redor do centro histórico cresce uma outra cidade com o teatro, o mercado, os museus e galerias, além de novo comércio e serviços. Se 15 dias não chegam para a Croácia, um é curto para Split. Ainda assim o café a meio da tarde numa esplanada sobre escadaria deixou perceber que é possível descançar nesta agitada cidade.
Antes da óbvia Banana Split em Split com que terminamos o jantar, mergulhos de fim de tarde na praia (?) em frente ao hotel Palace. E depois dos banhos uma festa kustrica no bar da praia com o empregado de bar mais feliz que já alguma vez me trouxe cervejas à mesa. A vida não está, de facto, para tristezas.


Peristilo. Ou a galeria central do palácio.
Sempre com animação de rua.
Um mimo agora mais tarde uma orquestra croata...




Tecto e parede do vestíbulo


Ruas e escadas sempre com coisas para ver. Ou sítios para ficar.



Um género de praia em Kastel. Esta com gravilha onde nos habituamos a ver areia.


Básico. Banana Split. Em Split.

Amanhã Split às 7 da manhã para partida rumo a Korcula.

12/09/2006

dia 08 . . Trogir e Sibenik

13 de Agosto

Kastel Stari > > (Split) > > Trogir > > Sibenik > > Kastel Stari
O último dia de chuva. Com metade dos dias consumidos.

E se de repente acordares de manhã e te apetecer ir a uma ilha? Acorda mais cedo.
De Split é possível chegar a muitas ilhas. Crentes que seria relativamente fácil, escolhemos Korcula sem traçar plano ou recolher informações. Há chegada ao porto depois de nos fazermos anunciar parqueamos e aguardamos. Destino Korcula com regresso ainda hoje? Impossível. E em verdade é fácil verificar que assim o é. Teriamos de voltar outro dia mais cedo.
A chuva deu-nos os bons dias e decidimos ir para Trogir. Adeus Split. Até amanhã.
Em Trogir fica implicito que o melhor é deixarmo-nos perder pelas ruelas. Com a ilha Okrug Gornji à sua frente e à distância de uma ponte, são centenas de barcos de recreio ali aportados e milhares de pessoas a passear pela cidade.
Algumas compras e a procura de sítio para almoçar levaram-nos a conhecer a cidade que tal como Porec (ambas na lista da UNESCO) é composta de casas baixas, ruas estreitas numa aparente muralha aberta a quem a quiser visitar.
O croata que nos atendeu ao almoço era entusiasticamente simpático. (Já aqui não trazia o tema da simpatia há muito tempo). Ao lado, quatro italianos alarves faziam a banda sonora. Os gatos espreitavam. Há sempre um gato à espreita na Croácia.
Seguimos para Sibenik, centro da Dalmácia, repetindo-se a história da UNESCO. Fomos recebidos com dignidade por fortes chuvadas. Ninguém se passeava pelo centro histórico exclusivo a peões. Refúgio em café para secar e a expectativa de que talvez o bom tempo prometido para amanhã chegasse já hoje.
O sol acompanhou-nos até à Fortaleza de Stª Ana, sobre o mar. Velha fortaleza de vigia com vista para dezenas de ilhas e um mar que se começava a iluminar.
Tudo o mais ficava por visitar. Aos domingos não há monumentos na Croácia.
À noite jantamos em Kastel Stari. A ver Split já sem trovões.


Trogir


fim de almoço em Trogir






O sol em Sibenik e a paisagem da calma Fortaleza de Stª Ana


Com a chuva e alguns desacertos ou opções instantâneas, ficavam também para trás as Ilhas Kornati e o Parque Krka. Tudo acessível a partir de Sibenik e Zadar. Preferimos seguir para Dubrovnik. Com a certeza de que 15 dias não chegam para a Croácia.




11/09/2006

dia 07 . . de Pag a Split

12 de Agosto

Zadar > > Pag > > Mandre > > Trogir > > Kastel Stari
Singin' in the rain

As sapatilhas deixadas na varanda quase boiavam. A noite tinha-se alimentado de chuva. À saída do hotel a surpresa do sol permitiu espreitar uma praia a alguns passos da varanda do quarto. Não se imaginava a proximidade da praia. Nem do sol. De pouca dura...
Os planos apontavam para a ilha de Pag. Primeiro, um passeio a pé pelo centro de Zadar. Antes da chuva houve tempo para capitalismo em lojas de moda e fruta ao quilo em mais um mercado ao ar livre.
Esperavamos depois ver a paisagem árida da ilha de Pag e sentir o sal. A ilha é famosa pelo vinho, pela referida paisagem e pelo queijo. Que é salgado porque os animais se alimentam de vegetação que cresce salgada por assim o ser a terra tão exposta ao mar.
A tempestade trouxe granizo e poucas oportunidades para os passeios a pé. Ainda assim o almoço e umas saídas apressadas para ver a costa, por exemplo em Mandre, e as salinas foram desafiando a chuva.
Um arco iris perfeito deitava-se dentro do vale. Cor para a memória.
O novo plano estava traçado. "A impassibilidade é uma arte perdida". Foi o mote filosófico do dia e iríamos para Split por três noites. Ou Trogir. Ou para aquelas bandas.
Uma motorista de bigode a estrear levou-nos até ao Palace. Um gigante hotel do proletariado de anos mais duros. Agora para jovens relaxados.
Chegamos tarde. E o jantar foi ali junto ao mar em Kastel Stari. Vendo trovões sobre Split.



sol em Zadar



salinas em Pag





tempestade em Pag


(cultura de) mexilhões à dilúvio

06/09/2006

dia 06 . . plitvicka jezera

11 de Agosto

Crikvenica > > plitvicka jezera > > Zadar
o parque. e o AZUL.


Plitvicka (hr) ou Plitvice (en). Em qualquer dos casos com poucas palavras. Ainda que com turistas. Mas é dos sítios onde os encontraremos sempre. No limite, nós próprios. Mas nenhum destes nós atirou moedas aos lagos ou deixou plásticos à toa.
Indescritível o azul da água. Incapturável.
E a vasta paleta de verdes.
Contemplar e sentir que fazemos parte. Simples a natureza.














A chuva ameaçou ligeiramente durante o dia. Fez-se notar à chegada a Zadar. Obrigou a escolha urgente de hotel (eis o 4 estrelas da viagem). Optamos por uma belíssima refeição em típico restaurante de berma de estrada. 710 kn pelo desejado leitão no espeto e entradas à base de queijo de Pag. No restaurante uma família de dois dígitos celebrava um aniversário ou baptizado...? e o que é que isso interessa?
Estavamos na cidade que se orgulha de ter o mais belo pôr de sol do mundo. Lá fora um dilúvio recebia a noite.