dia 03 . . de Vukovar a Sisak
8 de Agosto
Vukovar > > Osijek > > Slavonski Brod > > Sisak
ou a história de um acidente
A familiar do Sokota depois da igreja de Sts. Philip and James a que se seguiu o museu de arte contemporânea e o corte de cabelo do Pedro Barradas. Tudo em Vukovar.
Amanhecer com o sossego da Sérvia do outro lado do rio é uma das memórias fortes de uma viagem à Croácia. Sair do quarto ziguezagueando entre buracos de balas completa o cenário. Até encontrar o sorriso da empregada que nos servia o pequeno almoço indiferente a tudo. Mesmo à inexistência de soluções. Chá ou café. Pão e queijo e fiambre e marmelada. No juice.
O centro de Vukovar parece uma cidade criada para surpreender. Velho burgo, vestígios romanos e otomanos destruidos por uma guerra no século XX. Mas resiste.
A Igreja lá do cimo exige o recolhimento. O sossego matinal invade esta parte da cidade. A Igreja foi destruída pela guerra e já reconstruída. Tudo menos o interior. Ficará assim. Sem os frescos, sem os ornamentos e apenas com um cristo negro sem um braço além de ter só uma perna. Aqui pouco se fala da guerra. Mas a sua memória ficará. Pelo menos no interior da igreja.
Passamos por blocos habitacionais que aos poucos são reconstruídos. Em poucos anos a memória das balas nas paredes será apagada. Agora fica um degradé a que ficaria bem o adjectivo bonito se não fosse assustador.
Surpreendidos depois pelo mercado (há mercados ao ar livre em todas as cidades da Croácia) e pelo espanto das instalações no Museu de Arte Contemporânea de Vukovar. Ficará para outros retratos.
Depois fomos ao cabeleireiro e seguimos para Osijek onde ficamos a saber que a lasanha da Croácia não tem molho e não passa de crepes empoleirados uns sobre os outros entre carne e legumes. Mas as pizzas e as pastas acabavam de ganhar adeptos.
No stress
A caminho do parque natural de Plitvice, pelo menos em teoria, ficamos duas horas, um pouco mais numa terra de ninguém, porque um acidente obrigou ao corte de trânsito. A surpresa foi nossa. Os croatas, sem buzinas, sem nada, desligaram os carros e ficaram a ver o sol desparecer. Lá à frente a polícia solucionava o problema. Serenamente. Felizes as imagens captadas junto dos locais que vieram de cadeira e tudo para a porta. Hoje aconteceu algo.
Contas furadas, adiando o parque para outro dia, dormimos em Sisak, onde estava instalada uma legião de jogadores de futebol brasileiros "Atletas de Jesus" e tivemos de jantar hamburgueres num fast food que já estava fechado. Já tinha dito que os croatas são simpáticos?
O Museu que continua a ser Museu.
E o símbolo da resistência de Vukovar. O enorme reservatório de água.
Vukovar > > Osijek > > Slavonski Brod > > Sisak
ou a história de um acidente
A familiar do Sokota depois da igreja de Sts. Philip and James a que se seguiu o museu de arte contemporânea e o corte de cabelo do Pedro Barradas. Tudo em Vukovar.
Amanhecer com o sossego da Sérvia do outro lado do rio é uma das memórias fortes de uma viagem à Croácia. Sair do quarto ziguezagueando entre buracos de balas completa o cenário. Até encontrar o sorriso da empregada que nos servia o pequeno almoço indiferente a tudo. Mesmo à inexistência de soluções. Chá ou café. Pão e queijo e fiambre e marmelada. No juice.
O centro de Vukovar parece uma cidade criada para surpreender. Velho burgo, vestígios romanos e otomanos destruidos por uma guerra no século XX. Mas resiste.
A Igreja lá do cimo exige o recolhimento. O sossego matinal invade esta parte da cidade. A Igreja foi destruída pela guerra e já reconstruída. Tudo menos o interior. Ficará assim. Sem os frescos, sem os ornamentos e apenas com um cristo negro sem um braço além de ter só uma perna. Aqui pouco se fala da guerra. Mas a sua memória ficará. Pelo menos no interior da igreja.
Passamos por blocos habitacionais que aos poucos são reconstruídos. Em poucos anos a memória das balas nas paredes será apagada. Agora fica um degradé a que ficaria bem o adjectivo bonito se não fosse assustador.
Surpreendidos depois pelo mercado (há mercados ao ar livre em todas as cidades da Croácia) e pelo espanto das instalações no Museu de Arte Contemporânea de Vukovar. Ficará para outros retratos.
Depois fomos ao cabeleireiro e seguimos para Osijek onde ficamos a saber que a lasanha da Croácia não tem molho e não passa de crepes empoleirados uns sobre os outros entre carne e legumes. Mas as pizzas e as pastas acabavam de ganhar adeptos.
No stress
A caminho do parque natural de Plitvice, pelo menos em teoria, ficamos duas horas, um pouco mais numa terra de ninguém, porque um acidente obrigou ao corte de trânsito. A surpresa foi nossa. Os croatas, sem buzinas, sem nada, desligaram os carros e ficaram a ver o sol desparecer. Lá à frente a polícia solucionava o problema. Serenamente. Felizes as imagens captadas junto dos locais que vieram de cadeira e tudo para a porta. Hoje aconteceu algo.
Contas furadas, adiando o parque para outro dia, dormimos em Sisak, onde estava instalada uma legião de jogadores de futebol brasileiros "Atletas de Jesus" e tivemos de jantar hamburgueres num fast food que já estava fechado. Já tinha dito que os croatas são simpáticos?
O Museu que continua a ser Museu.
E o símbolo da resistência de Vukovar. O enorme reservatório de água.